Ouçam: CBN - A rádio que toca notícia - Max GehringerNo link acima Max Gehringer comenta sobre a questão do nome e peso que as instituições de ensino tem no momento da procura do primeiro emprego.
Concordo bastante com o Max Gehringer, mas faço uma ponderação: Algumas empresas tem áreas que requerem determinadas qualificações e optam por buscar colaboradores, para estas áreas, em instituições de renome. Isso não quer dizer, entretanto, que as demais áreas da empresa vão procurar seus funcionários em universidades de primeira linha.
Há tambem outros tantos fatores que influenciam no sucesso em um processo seletivo. A questão geográfica é uma delas, ou seja, se o candidato disputa vagas em uma grande empresa situada em uma região onde há um polo de ensino muito avançado, como é o caso da região de Campinas, será natural, para determinadas vagas, que exista na empresa uma procura por pessoas vindas de grandes universidades.
Há tambem o fator ramo de atividade. Como exemplo temos instituições financeiras, que requerem muitos profissionais da área de Exatas, como matemática, estatísca e até engenharias, para sua atividade Core. Por outro lado, para os processos de suporte ao Core Business, as empresas podem optar por profissionais provenientes de outras instituições.
Alias, como dito pelo Max, apenas um pequeno percentual de formandos sai das chamadas grandes universidades e há mais vagas do que a oferta provinda destas instituições. Portanto, temos um grande universo de oportunidades para formandos de todas as universidades.
Outro fator, que considero de grande peso e importância, é a capacidade do candidato; aquela demostrada nas etapas do processo seletivo. Refiro-me aquela que não pode ser ensinada na faculdade A ou B, mas aquela obtida através da experiência e vivência. Talvez para os candidatos de primeira vaga isso não estará latente, mas para os profissionais que já estão no mercado contará muito a sua história e formação obtida alem do diploma.
Hoje se fala muito do capital humano como um importante bem intangível das organizações; e é sobre isso tambem que reforço as minhas observações. A formação alem do diploma inclui a educação formal continuada, como pós graduação e cursos de MBA, mas há empresas que investem pesado no desenvolvimento do potencial do seu capital humano. Esta forma de aprendizado é muito rica para a própria empresa, mas principalmente para o colaborador, que terá chance de ter seu desenvolvimento aproveitado por outras organizações.
Isso ocorre porque o capital humano, apesar de ser um bem (mesmo que intangível) das empresas, não é uma propriedade da empresa. A perda de determinado funcionário é um risco associado ao investimento em educação corporativa.
Por fim, serão muitas as possibilidades para aquele que, independente do nome da instiuição carimbada no seu diploma, buscar constante auto desenvolvimento. Aprendi em um curso que fiz que a minha carreira está somente na minha mão. E a sua carreira, caro leitor, está somente na sua mão!