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domingo, 15 de agosto de 2010

Lembretes da vida...

Minha mesa tem o meu computador onde escrevo este texto, é um belo computador que ainda tem alguns meses para ser completamente pago...

Tem uma garrafa d'água semi cheia (ou se você preferir, semi vazia), tem óculos, canetas, contas, revista aberta, uma bíblia, minhas caixas de som tocando um house (é uma mixagem de uma música do Raul: "já bebi daquela água, quero agora vomitar [...] quem não tem colírio usa óculos escuro", a chave de casa, minha carteira, dinheiro solto...

E tem um livro que acabei de comprar... (Ah, o vinho tá na cozinha... Deixei-o lá... Senão seria algo a mais na mesa). Bom, como lembrei-me dele fui lá tomar um gole... O vinho está acompanhando uma receita nova que estou fazendo, seguindo dicas da Dona Regina (a progenitora).

Bom, onde eu estava? (deve ser o vinho...). Ah sim, falava do livro. Pois bem, "Rosinha, Minha Canoa", de José Mauro de Vasconcelos. Quem?? Pois é, eu também não conhecia. É o autor do consagrado "O Meu Pé de Laranja Lima". Mas o que tem, enfim, este livro?

Na primeira folha (ou página) do livro tem uma dedicatória de 10/02/1969 (comprei o livro em uma feira artesanal) que diz: "Mina, que a vida lhe sorria sempre e a felicidade seja sua eterna companheira. Da amiga de sempre, Neli".

Perfeição, você não acha? Não? Então por que ainda está lendo isso? Bom, se ainda está lendo, tem mais (e mais perfeito ainda): "Amar não é olhar um para o outro; é olharem ambos na mesma direção." Citação de Saint Exupéry, o autor de O Pequeno Príncipe. Esta citação está na página seguinte.

Fora o fato do cidadão que me vendeu o livro ter mudado rapidamente o valor de 7 para 27 na contracapa do livro, achando que eu não tinha percebido, estas duas mensagens, de 41 anos atrás me faz pensar que passa o tempo, vem os modismos, as mocinhas se entopem de maquiagens, os mocinhos tomam suas bombas, as mocinhas compram partes do corpo, os mocinhos tem os carros mais descolados, as mocinhas usam o vestido da moda, os mocinhos e mocinhas se usam, ambos se agridem, ambos seguem as tendências...

É claro que não é necessário viver as avessas com tudo isso - eu também tenho os meus apegozinhos (...) -, mas o que imagino que precisa ser considerado é a verdadeira motivação para tudo isso. Por qual motivo real fazemos o que fazemos?

Uma dica de leitura que tem tudo a ver com isso é a reportagem de capa da revista Vida Simples. Veja aqui.

Voltanto... A mensagem é a seguinte: 41 anos para que uma mensagem chegasse até mim... Na época que foram escritas, meus pais eram crianças (...).

O que jamais se altera é a nossa alma, aquilo que todos nós temos que nada, jamais, poderá apagar. Mas ofuscar, infelizmente sim. Nossas necessidades (falsas, acredite!) de nos comportar conforme mandam os gabaritos e modismos sociais apenas nos faz afastar-nos do nosso verdadeiro EU, aquele pontinho que nasce dentro de nós que é capaz de trazer toda a segurança, tranquilidade, equanimidade, coerência, contemplação, envolvimento, etc, que tanto buscamos inconsciente, mas usando os meios errados.

É sabido que o tamanho da frustração depende diretamento do tamanho da expectativa. Li estes dias que certa pessoa (um guru espiritual), quando percebe que sua expectativa não será atendida ou obtida, simplesmente muda a expectativa. Terceira coisa perfeita deste texto.

Por fim, convido a todos, incluindo-me, a abrir os nossos olhos (míopes muitas vezes) para o nosso interior. Ser feliz é a ÚNICA coisa que viemos fazer aqui. Mas é para ser verdadeiro...

Um comentário:

  1. E4 é muito interessante, fascinante, eu diria.
    E4 que se conhece e tenta redimir suas atitudes e sacralizar suas relações, aí é magnífico. Os seres humanos são magníficos. Somos todos feito de barro e, que bom, podemos ser moldados novamente, quantas vezes julgarmos necessário. è um prazer seguir você. Estudo eneagrama e, pra mim, é terapia. Não conhecia ainda um 4 (além de mim, rsrs). E acho que poderemos compartilhar muitas coisas.
    Abraços.

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